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A História da Província de Santa Cruz descreve as primeiras impressões sobre o Brasil sob a ótica portuguesa, registrando aspectos da terra, dos povos indígenas e das atividades econômicas iniciais. A obra busca organizar informações úteis à Coroa, apresentando o território como espaço de interesse estratégico, ao mesmo tempo em que revela tensões e visões coloniais presentes no início da ocupação.
Prosopopeia, de Bento Teixeira, é um poema épico que exalta a figura de Jorge de Albuquerque Coelho, representante da elite colonial portuguesa. A obra imita o modelo camoniano, usando linguagem solene e referências mitológicas para glorificar feitos e virtudes ligadas ao domínio luso no Brasil. É um marco inicial da literatura produzida no contexto colonial, revelando valores e ideais da época.
O Tratado da Terra do Brasil, escrito por Pero de Magalhães Gândavo no século XVI, apresenta uma das primeiras descrições sistemáticas sobre o território, seus habitantes, costumes e riquezas naturais. A obra busca informar leitores europeus sobre a nova colônia portuguesa, combinando observações geográficas, etnográficas e relatos do cotidiano no Brasil.
Feitos de Mem de Sá é uma epopeia composta por José de Anchieta que exalta, em linguagem poética, as ações do governador Mem de Sá na consolidação do domínio português no Brasil. A obra narra batalhas, alianças e episódios marcantes do período colonial, destacando a visão religiosa e civilizadora que orientava o projeto jesuítico.
O escritor C.S. Soares acaba de publicar o romance "Machado: O Filho do Inverno", que retrata de forma ficcional a estratégia de Machado de Assis para lidar com o sistema escravocrata em sua época. A obra investiga a vida pessoal e intelectual do autor a partir de dilemas morais, sociais e raciais.
José de Anchieta (1534–1597) foi um padre jesuíta espanhol, missionário no Brasil e um dos pioneiros da literatura quinhentista brasileira, unindo fé e arte poética. No poema “Do Santíssimo Sacramento”, ele celebra a presença eucarística, exaltando a comunhão como alimento divino e fonte de graça. A obra faz parte de seus versos manuscritos no século XVI, compilados e editados pela Comissão do IV Centenário da Cidade de São Paulo em 1954.
O Poema da Virgem, escrito por José de Anchieta em 1563, é um extenso canto de devoção à Virgem Maria, composto em latim enquanto o autor estava entre os tamoios. A obra exalta as virtudes e a pureza de Maria, unindo espiritualidade, erudição humanista e missão religiosa, tornando-se um dos marcos da literatura colonial brasileira.
O lançamento de O Losango Negro – Mário de Andrade, Intérprete do Brasil, de Angela Teodoro Grillo, apresenta documentos inéditos que evidenciam a atenção contínua do escritor modernista às questões raciais. O estudo destaca como Mário identificou e analisou o racismo estrutural no país ao longo de sua trajetória.
Diálogo sobre a Conversão do Gentio, escrito por Padre Manuel da Nóbrega (1517–1570) por volta de 1556–1557, é um dos primeiros textos produzidos no Brasil. A obra apresenta, em forma de diálogo, a discussão entre dois missionários sobre os desafios de evangelizar os indígenas, revelando tensões culturais, religiosas e políticas do início da colonização e convidando o leitor a refletir sobre alteridade e persuasão.
Machado de Assis (1839–1908), um dos maiores escritores brasileiros, publicou Conto Alexandrino em 1884, no volume Papéis Avulsos, editado pela Garnier, no Rio de Janeiro. A narrativa mistura ironia e erudição para discutir os limites da ciência e da moral, explorando o conflito entre o saber e a humanidade — tema recorrente na obra madura do autor.